faltam 21 dias

Defesa de réu da Kiss pede que Cezar Schirmer seja convocado como testemunha do júri

Leonardo Catto e Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Rodrigo Ziebell (Divulgação)

A defesa de Elissandro Spohr, sócio da boate Kiss e réu no julgamento que vai começar em 1º de dezembro, protocolou um pedido de substituição de testemunha à 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Alegre. É solicitado que o ex-prefeito de Santa Maria Cézar Schirmer seja convocado como testemunha. Além dele, foi solicitada a convocação do promotor de Justiça Ricardo Lozza. Faltam 21 dias para o júri.

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Conforme Jader Marques, que representa Spohr, o pedido se justifica por uma das testemunhas também ter sido convocada pela defesa de Mauro Hoffmann, o outro sócio da boate. O entendimento da defesa é que Schirmer e Lozza também deveriam ser réus no processo.

Schirmer era prefeito de Santa Maria na época do incêndio. Ele renunciou o cargo em 2016, quando assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado, no governo Sartori (MDB). A defesa de Spohr aponta que Lozza foi o procurador responsável pelo termo de ajustamento de conduta (TAC) para a colocação da espuma de isolamento acústico. O material foi o que causou o alastramento das chamas.

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O QUE DIZEM
A menos de um mês do júri da Kiss, Schirmer não concedeu entrevista ao Diário na última segunda-feira. Nesta quarta, o Diário entrou em contato, novamente, com a assessoria de Schirmer, que manteve o posicionamento de não dar declaração sobre o assunto até que o julgamento seja encerrado. Atualmente, Schirmer é secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos do governo de Sebastião Melo (MDB). Em 2020, ele chegou a ser eleito vereador na capital gaúcha.

O promotor de justiça Ricardo Lozza disse, por telefone, que ainda não tem conhecimento do pedido de inclusão e que teria que ser comunicado para dar uma posição.

TESTEMUNHAS
Por enquanto, são 19 testemunhas convocadas. Cinco são do Ministério Público (MP) e cinco do réu Marcelo de Jesus dos Santos. As defesas de Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr convocaram cinco cada, mas uma delas é a mesma. O réu Luciano Bonilha Leão não convocou testemunhas,

CASO KISS
O incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013,em Santa Maria. Morreram 242 pessoas e outras 636 ficaram feridas. O julgamento do processo foi transferido para a Comarca da Capital, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Inicialmente, o desaforamento (transferência de local) foi concedido a três dos quatro réus - Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Marcelo de Jesus. Luciano Bonilha Leão foi o único que não manifestou interesse na troca (o julgamento chegou a ser marcado em Santa Maria) mas, após o pedido do Ministério Público, o TJRS determinou que ele se juntasse aos demais.

No processo criminal, os empresários e sócios da Kiss, Elissandro e Mauro, e os integrantes da Banda Gurizada Fandangueira, o músico Marcelo, e o roadie (encarregado pela troca de instrumentos) Luciano , respondem por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos; e 636 vezes tentado, número de feridos). O júri ocorre no Foro Central de Porto Alegre, no dia 1º de dezembro.

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